Pão em partilha

Na nossa sala a C. foi visitar o Museu do Pão num passeio de fim-de-semana. Na sala da Susana a M. também foi visitar o Museu do Pão. 

Em ambas as salas queríamos fazer pão. Deste modo, combinamos juntos fazer pão para o lanche! Mais do que partilharmos a confeção do pão, partilhamos brincadeiras, momentos e fortalecemos relações. 

Brincamos com a farinha, provamos a massa, observamos os nossos pares... 

Para nos ajudar, utilizamos a máquina de fazer pão.

À tarde, o pão para o lanche foi o nosso pão.

Mais do que pão construímos relações, vivências e experiências em partilha! 

Das situações do dia-a-dia para um planeamento significativo

Na nossa sala procuramos que todas as propostas que acontecem tenham um sentido para o grupo. Deste modo, as propostas surgem do interesse ou de uma necessidade da criança, de uma partilha da família ou de uma observação da equipa. 

Na nossa sala temos um aquário com 2 peixinhos e, todas as tardes depois do lanche, colocamos o aquário no chão e damos comida aos peixes. Numa rotina já apropriada pelo grupo, as crianças aproximam-se, esticam a mão onde coloco o alimento e deitam-no no aquário. Ali ficam a observar  os peixinhos em busca de alimento. 

Num destes momentos, o V. mandou para dentro do aquário uma bola de plástico de um jogo da sala e ficou a observá-la a flutuar no aquário, enquanto chamava a atenção do adulto apontando para a bola admirado. 

Partindo desta situação, no dia seguinte, com o apoio da Vanessa (estagiária da Escola Superior de Educação de Lisboa) planeamos uma experiência para observar e explorar as características dos materiais da nossa.

Enchemos uma caixa grande e transparente com água e  colocamos ao dispor do grupo alguns materiais... 

Foram pegando nos mesmos e colocando-os na caixa com água. 

Curiosos foram observando o que estava a acontecer, foram procurando outros materiais na sala e colocando-no na caixa...

Sobretudo, foi um momento que permitiu muitas brincadeiras e explorações...

Num olhar atento do adulto que observou o envolvimento de cada criança, a sua participação e foi legendado estas brincadeiras. 

No final, foi tempo de limpar o chão e mudar de roupa num trabalho de equipa que se revela fundamental no dia-a-dia de uma sala. 

Os interesses individuais enquanto promotores de descobertas em grupo

Na nossa sala, os interesses de cada um são tido em conta no momento de planeamento do processo pedagógico. Os interesses de cada criança, ao serem partilhados, são promotores de novas descobertas em grupo. Deste modo, o T. partilhou alguns materiais relacionados com a quinta: livros e animais da quinta. 

Reconhecendo que os animais são um interesse do grupo, enquanto adulto, planeei um momento de brincadeiras em redor da quinta disponibilizando outros materiais de forma a ampliar as brincadeiras do grupo.

Retirando alguns materiais da sala, disponibilizei uma zona com livros e jogos relacionados coma quinta, massa de moldar para brincarem, alguns materiais naturais como cortiça e pequenos paus e outros materiais....

Depois foi tempo de muitas brincadeiras e descobertas...

Estas brincadeiras acontecem na sala mas também vão além da nossa sala, quando as partilhamos com os amigos das outras salas... 

Reconhecendo o interesse e o envolvimento do grupo nesta brincadeiras o espaço sofreu algumas alterações. Estas alterações refletem a importância do espaço como forma de corresponder aos interesses do grupo bem como a importância do mesmo ser alvo da reflexão por parte do educador. Esta organização do espaço reflete, deste modo, a intencionalidade educativo do adulto para com o grupo. 

Da família para a sala

As vivências e experiências em família quando partilhadas com a escola contribuem para enriquecer o processo educativo, tornando-o mais significativa. 

Deste modo, a família do V. partilhou connosco um saco de laranjas. Na sala provamos as laranjas e com as que sobraram fizemos bolo de laranja. 

A preparação do bolo acontece no chão pois permite à criança pequena mais facilmente observar todo o processo e participar de acordo com os seus interesses. Assim, vão gatinhando ou andando e observam o processo, conferindo-lhes maior autonomia e respeitando os seus interesses. 

À tarde, numa mesa partilhada, provamos o nosso bolo. 

O S., irmão do V., também quis partilhar com a nossa sala uma brincadeira que fazia em casa com o irmão e que percebia com o irmão gostava desta brincadeira.

Deste modo, articulando com a família preparamos os materiais para permitir que todos pudessem explorar.

Na partilha descobrimos, exploramos e fortalecemos relações. 

Da nossa janela para o mundo!

Na nossa sala, desde setembro, que adoramos estar à janela e ver o mundo para além dela! Vimos os carros, os autocarros, as pessoas a andar a pé, os carros da polícia ou as ambulâncias a apitar...

Ainda em Setembro, numa fase de adaptação, gostávamos de ir para a janela, ver o sol lá fora e a vida a correr...

Vimos a mudança das estações à janela e os dias começaram a ficar mais cinzentos e chegaram as primeiras chuvas!

Enquanto vimos o mundo a correr lá fora, cá dentro vamos conversando entre nós, chamando a atenção para o que lá acontece! O adulto atento, observa estas interações e promove diálogos tendo em conta aquilo que observamos. 

À janela vamos vendo o tempo a mudar e o sol a chegar... 

É, então, tempo de sair da sala e ir até ao parque.. No caminho até ao parque vamos olhando curiosos para tudo aquilo que nos rodeia. Vamos ao colo, de carrinho, ou de mão dada com amigos mais crescidos...

Tantas foram as brincadeiras que aconteceram no parque...

Ir ao parque é muito mais do que brincar.. É também conhecer o mundo, alargar relações com outros pares e e desafiarmo-nos a nível motor!