sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

Da Pop Art às novas descobertas!

Quando fomos à Antiga Cordoaria Nacional visitar a exposição "Estrelas da Pop Art" (ver aqui) gostamos de ver as cores, os quadros grandes e identificamos várias figuras presentes nos quadros: a mão, a menina, os peixes... 

Em conjunto com a Margarida e a Beatriz (estagiárias do ISCE), refletimos de que forma poderíamos continuar a alargar as descobertas do grupo tendo como ponto de partida a visita realizada.  


De acordo com Folque, Bettencourt e Ricardo (2015) "(...) o acompanhamento/ regulação das crianças na sua descoberta do mundo e na apropriação da cultura são processos que se efetivam em diálogos constantes do/a educador/a com as crianças, com as famílias e com outros profissionais que participm na vida do grupo. São estes diálogos, mediados por diversos circuitos de comunicação, que permitem aos adultos, em cooperação, ir conhecendo as crianças e o seu universo cultural, de forma a garantir que a creche acrescenta o seu processo de humanização através da reconstrução cooperada da cultura (...)." 


Foi neste processo de diálogo com a equipa que, em conjunto, planeamos levar para a sala um conjunto de imagens presentes nos quadros da exposição, molduras com papel de celofane que permitiria ao grupo observar os elementos com várias cores e papel celofane. 









Reconhecer que a criança tem oportunidade de explorar os materiais disponíveis de diferentes formas,  sem impor a visão do adulto, permite ao adulto conhecer melhor cada criança. Por outro lado, o adulto deve ainda estar consciente dos diferentes níveis de participação de cada criança no decorrer da mesma atividade: se há crianças que participam em toda a atividade, outras revelam um maior interesse na exploração do papel celofane, do barulho que faz ao ser amachucado, da sua textura, outras nas imagens disponiveis, etc. Esta consciência e observação do adulto e da equipa permite ao mesmo fazer uma avaliação mais consciente e efetiva da atividade e do envolvimento do grupo e de cada criança respetivamente.

Após a exploração dos vários elementos, a Margarida propôs colá-los no papel autocolante. 


Atente-se na imagem: enquanto duas crianças ajudam a Margarida a colar os vários elementos no papel autocolante outra criança brinca com o papel descolado do papel autocolante. Ambas as participações, ainda que distintas, são significativas para as crianças  envolvidas. Compete ao adulto reconhecer ambas como válidas e tê-las em conta nas suas observações. 

Terminadas as colagens, colocamos cartolina à volta, em jeito de moldura, observamos o produto final e colocamos na parede. Quando colocamos na parede é importante que não esteja apenas o resultado final exposto, mas todo o processo que levou ao resultado final, para que, a restante comunidade educativa, consiga compreender o que motivou o desencadear da atividade bem como qual o processo inerente ao produto final, processo este mais importante que o próprio produto. 





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