A entrada de uma criança na na creche não representa uma adaptação apenas para a criança mas também para a família que vê uma alteração nas rotinas e na dinâmica familiar.
Segundo, Folque, Bettencourt e Ricardo (2015) “Os primeiros tempos de contacto entre uma família e a creche são momentos determinantes para o conhecimento mútuo e para a construção da congruência na vida da criança que sofre alterações significativas. A relação de poder entre as famílias e os profissionais deve preocupar os educadores nestes primeiros tempos.”
Deste modo, a adaptação começa ainda antes da criança entrar na creche com uma reunião de anamnese em que famílias e educadora se conhecem, partilham informações relevantes sobre a criança, esclarecem duvidas e traçam juntas um plano de adaptação. Parece-nos que juntas é a palavra-chave para pensar a adaptação. Esta adaptação deve-se adequar a cada família e a cada criança para que a mesma aconteça de forma tranquila, segura e gradual.
O momento do acolhimento de manhã foi acontecendo com a calma e o tempo necessário para uma transição tranquila da família para o contexto educativo.
Os dias foram de descobertas:
descobrimo-nos uns aos outros enquanto grupo
descobrimo-nos individualmente, a cada um de nós
descobrimos o espaço
descobrimos os materiais
descobrimos brincadeiras
descobrimos o quanto havia por descobrir....
No momento de adaptação não existe uma data, um tempo para que se dê esta adaptação por terminada. A adaptação difere de criança para criança, compete-nos a nós, profissionais, em conjunto com as famílias apoiar a criança para que se sinta segura e confiante nesta nova etapa: a entrada na creche.
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